Na última edição do programa Super Star o
Conheça Minha Banda, já havia alertado para o uso do playback, os instrumentos são
gravados com antecedência e somente o vocal é ao vivo. Ontem 07/06/2015,
novamente ficou evidente o uso desse recurso, como em outro programa de semanas
atrás onde o baterista deixa cair à baqueta. Dessa vez a produção do programa
colocou a música errada, e então alguns dizem “coisas de programa ao vivo”, que
acontece e tal, pode até ser isso tudo, mas a Globo cobra um nível de
profissionalismo que nem eles mesmos têm, todos cometem erros, é natural do ser
humano. Mas se a intenção é revelar talentos, isso ficou para trás faz muito
tempo, já que a perfeição cobrada retira toda a magia que a música pode ter,
pois toda vez que tocamos ou cantamos é sempre algo único, nenhuma apresentação
será igual à outra.
Queremos que o guitarrista sinta a pressão de
errar o tempo da música, que o vocalista esqueça a letra, qual o problema disso?
Se até o Renato Russo errava, porque vamos cobrar isso de bandas que estão
começando agora, errar faz parte do aprendizado.
O
maior questionamento é: Quais os objetivos do programa? Já que eles não querem
que as bandas errem, nem que fiquem nervosos, mas se não estão preparados para
isso, nem devem subir no palco. O programa praticamente perde a razão de existir,
afinal se queremos ouvir algo perfeito, colocamos uma música no celular, abrimos
um vídeo no YouTube e esta tudo certo, porque perder tempo com um programa
perfeito, com bandas perfeitas e jurados perfeitos com frases decoradas e
esquemas de câmeras para deixar todo mundo bonito.
Resta
saber até quando vamos engolir esses programas Fast Food americanos, onde nem a
capacidade de tradução nos é dada. Esse é só um exemplo das muitas coisas
inúteis que temos consumido da cultura americana. Enquanto continuarmos com o
complexo de “Vira-latas”, as coisas vão demorar para mudar, as pessoas vivem
reclamando do país, politica etc, mas acham que a solução esta lá fora, que
essas receitas prontas servem para a realidade do Brasil. Será que não temos a
mínima capacidade de organizar um programa de talentos musicais, com
características de nossas culturas sem comprar o que esta sendo vendido lá
fora. Parece que a solução dada por um cara nascido 10 mil anos atrás está cada
vez mais perto de tornar-se concreta.
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